sábado, 17 de julho de 2010

Propriedades do Manjericão

Também conhecido como Alfavaca (na região Norte), alfavaca doce; manjericão doce, remédio de vaqueiro; erva- real; manjericão da folha grande, etc. é uma planta cujas folhas são muito utilizadas como temperos; além, disso, é bastante apreciada como planta ornamental devido às suas flores. Costuma-se retirar suas primeiras florações para aumentar o número de folhas e o ciclo da planta. Na culinária, as suas folhas são utilizadas como um aromático tempero, em alimentos como a tradicional pizza, tempero de carnes, massas, etc. Aconselha-se utilizar a planta fresca , pois há perda de seus princípios ativos ao secar e/ou ferver.
O Manjericão também é indicado nos estados gripais, bronquites, sendo estimulante digestiva, carminativa, antiespasmódica, antifebril, sudorífico, diurético, aumenta a secreção do leite, antitussígeno, mau-hálito.
No Brasil, o manjericão é cultivado principalmente por pequenos produtores para a comercialização de suas folhas verdes e aromáticas, usadas frescas ou secas como aromatizante ou como condimento.

Além do uso in natura o manjericão é muito utilizado para a obtenção de óleo essencial, importante na indústria de perfumaria e na aromatização de alimentos e bebidas. O óleo essencial de manjericão apresenta também propriedades inseticidas e repelentes. Na região do Mediterrâneo a erva é plantada em beirais das janelas para repelir mosquitos e moscas domésticas.

Na medicina popular, as suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás por suas propriedades tônicas e digestivas, sendo frequentemente utilizadas no tratamento de enjôos, vômitos e dores de estômago. São indicados ainda para problemas respiratórios e reumáticos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE COM MAL DE ALZHEIMER 2

Pacientes com pouca atividade física e idosos, costumam ser constipados e uma dieta rica em fibras promove um melhor funcionamento intestinal.

A quantidade de calorias necessárias também deve ser observada com muito critério, pois para pacientes restritos ao leito, com pouca movimentação e pouca atividade física o número de calorias necessárias é evidentemente menor do que para pacientes agitados ou vagantes, que andam durante todo o dia.

Alguns pacientes se esquecem de mastigar tendo que ser lembrados para que mastiguem o alimento antes de tentar deglutí-los. Nesses casos, o uso de dietas pastosas ou alimentos cortados em pequenos pedaços favorece a alimentação.

O sabor deve sempre ser levado em conta e não se deve confundir dieta pastosa com algo disforme e de origem absolutamente desconhecida, em virtude de simples liquidificação da refeição.

Determinados alimentos como purês, sopas cremosas, gelatinas, pudins e outras modalidades de alimentos nesta consistência devem ser priorizados e inseridos no cardápio diário.

Boa parte dos pacientes costuma imitar gestos e atitudes. Esse fato pode ser bastante produtivo à mesa, onde o cuidador deliberadamente faz alguns gestos para se alimentar para que seja imitado pelo paciente. Essa é uma, entre tantas, das surpreendentes constatações que podem ajudar muito.

Deve-se tentar incluir o horário das refeições do paciente em conjunto com os familiares. Estudos têm demonstrado que pacientes que se alimentam solitariamente são menos nutridos e apresentam maiores distúrbios comportamentais quando, discriminatoriamente, alimentam-se antes ou depois dos familiares.

Aqueles que necessitam de suplementação vitamínica ou algum reforço dietético devem receber orientação médica.

Os doces em geral são muito apreciados pelos pacientes incluindo os sorvetes que podem ser enriquecidos com pedaços de frutas e outros como castanhas e amendoim ralados.

Uma outra providência é a de se certificar de que o alimento está sendo oferecido em temperatura adequada, sopas quentes em especial podem causar acidentes.

Nas fases mais avançadas é possível que o paciente tenha que ser alimentado e algumas precauções, além das já descritas, devem ser adotadas.

Nunca se deve alimentar o paciente deitado, propiciando uma aspiração com a entrada de alimentos nos pulmões, trazendo-lhes sérias complicações.

Deve-se alimentar o paciente o mais sentado possível de preferência com alimentos mais pastosos ao invés de dietas muito líquidas.

A posição semi-sentada deve ser confortável, com o paciente bem posicionado com o auxílio de travesseiros.

Na total impossibilidade, pelo menos a cabeça deve ser elevada por um dos braços do cuidador, enquanto a outra mão o alimenta, aguardando que a porção seja deglutida.

Ao alimentar o paciente no leito é bom que a roupa de cama na parte superior relativa à cabeceira e os travesseiros estejam protegidos com plástico evitando que se sujem.

Os alimentos não devem estar muito quentes nem frios, testar a temperatura antes de administrar é obrigatório.

Como já vimos, dietas pastosas que necessitam de alguns movimentos mastigatório como os purês são aceitos mais facilmente e devem ser utilizados.

A colher deve ser preenchida com 2/3 de sua capacidade e pressionada gentilmente contra os lábios do paciente, avisando-o que será alimentado.

O uso de canudos para líquidos costuma ser um bom recurso, mais fácil que o uso do copo convencional.

O processo de alimentar pacientes altamente dependentes é trabalhoso, podendo durar muito tempo. Uma atitude tranqüila respeitando-se as limitações do paciente debilitado, sem pressa e com palavras encorajadoras contribuem efetivamente no sucesso da operação.

É difícil aquilatar se estamos nutrindo adequadamente pacientes totalmente dependentes se não mantivermos um registro diário de ingesta.

Uma simples folha de papel com as informações a respeito de horários, qualidade, quantidade e peso fornecem um histórico importante.

Alguns cuidadores usam a mamadeira para alimentar pacientes em fase terminal com bastante sucesso. Essa conduta tem muitos críticos que alegam a infantilização do paciente com suas negativas conotações. Ao nosso ver, apesar da polêmica, todos os recursos disponíveis, esgotadas as outras tentativas de alimentação natural, são recursos válidos. Alimentar com mamadeira é melhor que o uso de sondas, muito mais antinaturais, pois retiram do paciente a possibilidade de sentirem o sabor dos alimentos, são de difícil preparo, requerem supervisão na administração além de necessitarem de infra-estrutura mais sofisticada.

Pacientes com incontinência fecal podem ser ajudados com uma dieta criteriosamente elaborada no sentido de se reduzirem os acidentes de incontinência. Essa orientação é feita pelo médico em conjunto com a nutricionista e assessorada pelo cuidador que fornece os alimentos preferidos para que a composição final do cardápio seja nutritiva, segura e agradável.

Não se deve esquecer de que, apesar do comprometimento intelectual do paciente, devemos respeitá-lo oferecendo-lhe sua refeição com cuidados em termos de boa apresentação e sabor.

A ingestão adequada de líquidos é fundamental e deve ser mensurada. Se não houver registro, corre-se o risco de se perder a noção do quanto foi ingerido.

De um modo geral, salvo em condições especiais, aceita-se que o paciente deva ingerir em torno de 2 litros de líquidos nas 24 horas do dia. Se subtrairmos desse total a quantidade de líquidos contidos nos alimentos, poderemos preparar garrafas ou vasilhames graduados com sucos e outras modalidades para que tenhamos a noção exata do que está sendo consumido ao longo do dia.

A quantidade deve ser determinada em função das condições de cada paciente, com um enfoque totalmente personalizado e isso deve ser feito pelo médico.

Pacientes portadores de doenças como insuficiência cardíaca e outras condições devem ser analisados individualmente.

O manejo da incontinência urinária pode passar por uma criteriosa restrição de líquidos a partir de um certo horário, na tentativa de minorar os acidentes de incontinência urinária, especialmente à noite.

Enfatizamos a imperiosa necessidade de que o médico estabeleça a quantidade de líquidos necessária a cada paciente, assim como o uso do sal, gorduras e outros alimentos relacionados com determinadas doenças.

Fonte: www.alzheimermed.com.br

quinta-feira, 15 de julho de 2010

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE COM MAL DE ALZHEIMER 1

A alimentação é uma atividade essencial para a sobrevivência e normalmente responsável por grandes transtornos no cotidiano com o paciente demenciado. À medida em que a deterioração cognitiva avança, a alimentação torna cada vez mais difícil e problemática.

Uma alimentação saudável, bem equilibrada na composição, quantidade e qualidade de nutrientes essenciais é indispensável na prevenção de complicações das quais as infecções, as escaras e o emagrecimento progressivo são as mais importantes. São vários os problemas ligados à alimentação, que vão desde as condições de mastigação, problemas de deglutição, esquecimento de que acabou de comer e diz que ainda não comeu, espalhar comida pela mesa, suja roupas e cabelos, vomita, cospe, pega a comida com as mãos, não fica sentado, engasga, deixa pratos, talheres e copos caírem, transfere sua comida para o prato do seu companheiro de mesa, são alguns dos problemas comumente relatados.

Fora o compromisso de se garantir uma alimentação adequada, dependendo do grau de deterioração mental e das alterações comportamentais, uma estratégia deve ser definida caso a caso.

Independente do grau de dependência, a rotina é fundamental e deve ser obstinadamente observada e, assim como se prepara o banho, a rotina para a alimentação também deve merecer algumas providências prévias.

O horário das refeições deve ser rigorosamente observado. O organismo tende a se habituar com horários rotineiros e o estímulo da fome é essencial para o sucesso de uma boa aceitação alimentar.

O local onde a refeição é servida deve ser calmo e de fácil limpeza

O prato deve ser de material inquebrável e de acordo com o grau de deterioração mental pode-se utilizar pratos que aderem diretamente à mesa por intermédio de ventosas, evitando que deslizem facilmente.

Os talheres à disposição do paciente devem ser reduzidos ao mínimo necessário: uma colher para a sopa, um garfo para a carne, uma colher de sobremesa para o pudim e assim sucessivamente. É importante que se note se o paciente tem dificuldade com o formato do talher, pois alguns desenhos e formatos são incômodos e complicam o manuseio. Os pratos devem serem oferecidos um a um e nunca todos juntos.

O tamanho dos pedaços de carne ou dos outros alimentos deve ser apropriado, assim como a sua consistência, facilitando a mastigação completa e a deglutição sem riscos de engasgamento.

Certos pacientes são incapazes de cortar os alimentos e podem se sentir infantilizados se o cuidador os cortar a sua frente; desta forma é de bom-senso que se for necessário cortar os alimentos para o paciente, que isso seja feito fora de sua vista, entregando-lhe o prato já com o alimento pronto para ser levado à boca.

Determinados pacientes perdem a habilidade de manusear talheres e esse fato por si só não os impede de se alimentarem sem ajuda.

Pode-se usar da criatividade oferecendo alimentos passíveis de serem comidos com as mãos como: sanduíches, coxas de galinha, pedaços de vegetais, pizzas, peixe frito em pedaços, batata frita, milho cozido, bolos, pão com manteiga, cachorro quente e uma gama infindável de outras possibilidades.

Esses recursos são extremamente importantes e devem ser estimulados, pois mantém a alimentação como uma atividade diária passível de ser realizada com independência, liberando o cuidador de uma tarefa adicional.

Outro recurso e até mesmo uma atividade adicional é trocar as três refeições tradicionais por pequenas refeições em intervalos regulares, a cada 3 ou 4 horas ao longo do dia. Esse recurso é particularmente útil para aqueles pacientes que se esquecem de que acabaram de comer e pedem que lhes seja servida comida a todo instante.

Se o paciente costuma brincar com a comida levando-a a boca com as mãos, o uso de pratos fundos do tipo vaso que possuem ½ tampa e colocar o alimento aos poucos, em pequenas porções, pode ajudar.

Pacientes que comem compulsivamente também são comuns. Tirar todo alimento extra de sua vista, oferecendo-lhes apenas a sua porção, e manter o registro do que efetivamente já ingeriram, habilita o cuidador a, com segurança interromper a alimentação compulsiva, seguro de que já foi ingerida a dieta previamente quantificada.

Por outro lado, o uso de pequenos pedaços de verduras ou biscoitos colocados em um pratinho de tempos em tempos costuma satisfazer os pacientes compulsivos.

Certos pacientes restringem suas preferências a determinados alimentos e formas de preparação. Não se deve tentar evitar esse fato, tentando grandes mudanças no cardápio. Se tiverem preferências, estas devem ser observadas e eventuais suplementações dietéticas devem ser adotadas sob orientação profissional.

Existem xícaras com tampa provida de dispositivos que permitem sugar os líquidos evitando que derrubem o conteúdo, molhando-se e sujando-se.

A elaboração do cardápio diário deve ser adaptada aos costumes da família.

Não se deve mudar tudo em função do paciente e a palavra melhor é adaptar. Dentro das características de cada caso, a orientação profissional de um nutricionista, associada ao bom-senso e um pouco de criatividade resultará em uma boa adaptação nutricional, de elaboração simples e prática.

Certos doentes requerem dietas especiais, como pacientes com diabetes, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, gota e outras doenças; estes necessitam de orientação especializada e acompanhamento rotineiro.

Deve-se dar preferências aos alimentos frescos. Os produtos industrializados devem ser utilizados apenas em situações particulares constituindo um recurso alternativo e secundário.

Alguns alimentos têm sido objeto de discussão no tocante a colaborarem para a melhoria do estado cognitivo do paciente, porém não há qualquer evidência científica que apóie esta teoria.

Há situações delicadas: familiares que nunca cozinharam, especialmente os maridos, quando transformados em cuidadores e passam a ter esse encargo, por vezes acabam por restringir a alimentação do casal ao tradicional pão com manteiga e café com leite. Insuficientes e inadequados do ponto de vista qualitativo.

Por sorte, hoje já existem fornecedores de dietas especiais prontas e auxiliares que vão até a residência fazê-la ou ensiná-la para a família.

Fonte: www.alzheimermed.com.br