quarta-feira, 28 de abril de 2010

SOMOS PROFESSORES REFLEXIVOS !?...

Fazendo uma pesquisa para um trabalho avaliativo de uma disciplina do Pós Graduação em Docência, do qual participo aos sábados, me deparei com um texto que, de certa forma, representa um puxão de orelha em alguns professores que conhecemos.

Este texto, que reproduzirei a seguir, fala sobre compromisso, responsabilidade e atualização que nós, professores às vezes esquecemos.

Pamela Niero, autora desse texto estava inspirada no momento que colocou no papel, tudo o que nós, professores muitas vezes estamos esquecendo de fazer.
Ah! Ela é designer, professora de língua portuguesa, licenciada em letras, especialista em língua portuguesa e literatura e editora da revista Língua & Educação.
Interessada nas áreas de: Análise de discurso, pragmática e lingüística aplicada ao ensino de línguas.

Colegas! Leiam com atenção o texto que segue e façam, se possível, uma pequena reflexão sobre “nossa” atuação atualmente em sala de aula.
Espero estar colaborando um pouco com o nosso progresso como professores profissionais!!!


“ O QUE É SER PROFISSIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR?”

(“... Ou o que é ser um professor reflexivo…
Outro dia, conversando com uma professora de língua estrangeira, fiquei me questionando se os professores sabem o sentido do que é ser profissional (antes mesmo de ser professor).
A professora culpava a formação que teve na graduação pela falta de capacidade de trabalhar em sala de aula, isso após citar os diversos argumentos que já estão pra lá de manjados.
O problema da formação, a meu ver, assim como outros argumentos, são antes de tudo boas desculpas para tentar justificar o comodismo profissional.
Mas o que é ser profissional?
Primeiramente vamos nos livrar do estigma do “fazer com paixão”, ponto. Muito menos com amor! Como diz um professor que admiro: “Não amo o que faço, faço porque sou profissional”. Só isso já resolveria boa parte dos problemas…
Se você é profissional (e não faz por paixão), a primeira postura que você tem é ser comprometido com o seu trabalho. Desculpem-me colegas, mas cabe esclarecer que comprometimento não é só cumprir horários e dar aquela aulinha medíocre.
Ser comprometido é você ter noção da sua responsabilidade. A responsabilidade mobiliza outros fatores importantes: como a constante atualização (sem que o governo necessite obrigar você a fazer isso), o envolvimento com o trabalho e a reflexão (ah! Tenho mais o que pensar… Casa, marido, filhos…).
Dewey deve surtar escrevendo sobre a postura reflexiva para professores nada reflexivos… (Ah! Você não sabe quem é Dewey? Então descubra!…)
Quando falo de envolvimento, na verdade estou falando de: planejamento (ah!… não tenho tempo…), de participação (Não professor, você não participa! Responda sinceramente: O que você faz na sala dos professores? Sei… Lembrou do último pedido que você fez naquele catálogo daquela sua colega professora?) e do enfrentamento de desafios (todos preferem ignorar o desafio e culpar os alunos, a família, o governo…. Por favor, hein?! Está na hora de trocar o disco!).
Situações difíceis exigem do professor análise, pesquisa e reflexão. Nada que outra profissão não exija…
O fato é que culpar a má formação não resolve o problema. Aliás, formação é uma palavra que não gosto. Ela causa a idéia de algo acabado e o conhecimento não acaba. Você, professor, deve buscar se “formar” todos os dias, principalmente os construtivistas (que de construtivistas só tem o nome…).
Professor, leia! Leia no banheiro! Reflita! Nem que seja no chuveiro… Compartilhe sua leitura com os outros professores na sala dos professores (ou ante sala do inferno – como um outro professor maravilhoso costuma dizer). Produza conhecimento! Escreva suas experiências, pesquisas, análises e resultados e compartilhe. Caso contrário, você além de acomodado será um frustrado, que tentará acabar com a motivação de cada novo professor que colocar o pé na escola (ou quem sabe boicotar) para que eles entrem para a turma dos fracassados…”)
Pamela ainda sugere a leitura de um livro como dica de leitura para quem quiser se profissionalizar como professor:
“O professor reflexivo: Guia para investigação do comportamento em sala de aula” da Sandra Lee McKay, editora SBS, segue breve resumo:
[...Para um professor, seja ele de qualquer área, é imprescindível a reflexão. Um educador que se preocupe em refletir sobre os problemas que ocorrem em sua sala de aula é um educador que busca o real desenvolvimento de seus alunos. Esta obra de Sandra Lee Mackay enfatiza a necessidade de se refletir sobre o próprio ensino, contextualizando as dificuldades que aparecem constantemente nas salas de aula e que, muitas vezes, encontram professores que não aprenderam a refletir sobre elas. Desta forma, torna-se viável uma sistemática reflexão, assim como a sugerida pelo livro, sobre o comportamento de nossos alunos, suas dificuldades, nossas dificuldades e as respectivas causas, com a finalidade de desenvolver o conhecimento humano e real, para a vida e em favor dela...]

Acredito que toda a tentativa de melhorar é válida quando se trata de aprender a ensinar...

Fonte: Texto extraído da “Revista Digital Língua & Educação”
Resumo parcial do livro “Professor reflexivo...” por Elaine Leonarczyk – 5o. ano Letras: Português-Inglês / UEM, 2005.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vitaminas, muita cautela!!!!



- Saúde, beleza e vida longa.
Quem não procura ter uma vida com esses atributos? Todos. Só que para isso, algumas pessoas acabam por lançar mão de tratamentos, os mais variados, na maior parte das vezes sem indicação médica. A medida pode acabar resultando em efeito contrário ao almejado, com o comprometimento da saúde. Esse é o caso do uso de suplementos vitamínicos, até pouco tempo consumidos, principalmente, em cápsulas.

Recentemente, o consumo de vitaminas e sais minerais, que são essenciais para o metabolismo do nosso organismo e para a prevenção de doenças, se sofisticou e ganhou a forma injetável. O método muito utilizado por celebridades como a cantora Madonna - segundo ela para ter mais energia - acabou ganhando muitos adeptos. Mas o que os médicos pensam disso? Alguns especialistas, partidários da chamada medicina ortomolecular, defendem o uso das vitaminas injetáveis como auxiliares em tratamentos preventivos. Mas essa não é a opinião geral. Daniel Magnoni, chefe do setor de nutrologia e cardiologista do Hospital do Coração, diz que o uso maciço de vitaminas injetáveis não tem validade científica. Ele salienta inclusive que a medicina ortomolecular não é sequer reconhecida pela comunidade científica.

"Quando se vende beleza, melhora do desempenho sexual, músculos tonificados e energia se encontram um campo fértil para incutir nas pessoas o uso de todo tipo de medicamento, pois elas buscam formas milagrosas, como injeções, para alcançar o bem-estar. Mas isso não existe. Nada supera a alimentação saudável, composta de legumes, frutas, verduras para suprir o corpo das vitaminas de que ele necessita."

Magnoni salienta que as vitaminas, em forma de suplemento, são indicadas para grupos especiais de pacientes como grávidas, crianças em fase de crescimento, atletas, pessoas na terceira idade, desnutridos e convalescentes, assim mesmo, por via oral. A forma injetável deveria ser usada apenas em pacientes graves hospitalizados.

Segundo José Antonio Curiati, geriatra do Hospital Sírio-Libanês e médico assistente do serviço de geriatria do Hospital das Clínicas,
as vitaminas são fundamentais à vida em doses pequenas. "Houve uma premissa de que doses mais elevadas fariam bem à saúde, mas estudos recentes demonstraram que os suplementos vitamínicos, de sais minerais e nutrientes não são benéficos, são inócuos. E mais: em alguns casos podem até mesmo aumentar o risco de alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.

"A alimentação equilibrada é que protege a saúde. Mas há casos específicos em que o suplemento é indicado. As mulheres na menopausa necessitam de doses de vitamina D e de cálcio para a prevenção da osteoporose. Pessoas submetidas à cirurgia bariátrica não absorvem bem a vitamina B12. Aí sim, nesse caso é indicado o suplemento por via injetável."

O geriatra destaca que há situações mais graves. Fumantes que ingerem suplementos de betacaroteno, ao invés de se protegerem do câncer, têm o risco de ter a doença aumentado. Para Curiati, para ter saúde é preciso dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, laticínios sem gordura; atividade física regular; buscar uma qualidade de vida melhor. "Saúde é sinônimo de estilo de vida saudável. Nosso maior patrimônio é a saúde. Não adianta ser uma pessoa estressada, workaholic, e esperar que com suplementos vitamínicos fique protegido de doenças e tenha energia."

Curiati também é um crítico da chamada medicina ortomolecular. "O Conselho Federal de Medicina proíbe a prática da chamada medicina ortomolecular, que é passível de punição pelo conselho."

Médicos e nutricionistas dizem em coro que a alimentação é fundamental.
Mônica Beyruti, nutricionista do departamento de nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, é categórica em afirmar que as vitaminas devem ser obtidas por meio dos alimentos como frutas, legumes, grãos integrais, proteínas (da carne e do leite sem gorduras), cereais integrais.

Mônica também defende o uso de suplementos apenas em casos especiais, como o de disfunção de absorção, que acontece, por exemp´lo, em pessoas submetidas a cirurgia de redução de estômago. "Essas pessoas necessitam de B12 injetável. Os suplementos também são indicados para pessoas com dietas de baixas calorias."

A nutricionista também alerta para os efeitos nocivos do excesso de vitamina. "O uso de vitamina A, por tempo prolongado, sem acompanhamento médico, pode levar a toxicidade hepática. O consumo excessivo de um nutriente pode acabar atrapalhando a absorção, pelo organismo, de outros nutrientes. O ideal é ter bom senso e sempre consultar um médico", conclui.


Fonte: Gazeta Mercantil - Lourdes Rodrigues