segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Terapia Nutricional

Para muitas pessoas, a idéia de fazer dieta é freqüentemente associada a abrir mão do prazer de comer. Trocar alimentos como um bife suculento por frutas e cereais pode desestimular a busca pela perda de peso. Na verdade uma dieta não deve ser encarada como "mal necessário", mas sim como uma forma de reeducação alimentar.

A pessoa que inicia uma dieta resignando-se por ter de comer menos acaba por desistir em pouco tempo se não houver uma postura interna forte o suficiente para entender e aceitar que tais orientações estão alicerçadas cientificamente e visam uma vida mais saudável, ou seja, uma melhor qualidade de vida atual e futura.

Dieta é considerada remédio?

Não se deve pensar na dieta como forma apenas de resolver algum problema clínico como obesidade, dislipidemias, diabetes... A dieta também serve como medida preventiva em muitos casos! A dietoterapia deve ser constante, sem data para terminar - daí ser vista como um processo de educação alimentar. Para algumas pessoas se resolve de forma rápida. Para outras, necessita um pouco mais de tempo de adaptação. O foco do tratamento é fazer com que o paciente se torne independente do nutricionista, ou seja, responsável pelo “comer corretamente”.

Comer pouco é o ideal?

É importante fracionar as refeições em cinco ou seis vezes por dia, mantendo o metabolismo sempre funcionante, ativo, queimando calorias. Isso não quer dizer comer pouco. A pessoa come o que necessita para a demanda diária. Nem mais nem menos do que o necessário. Esse valor é calculado pelo nutricionista que explica tudo ao paciente e mostra, inclusive, que cálculos são estes. As quantidades de macro e micronutrientes são minuciosamente calculadas um a um para que o indivíduo não fique com carência nutricional.
Lembre: nem todo obeso e nem todo magro é bem nutrido. Estar alimentado e estar nutrido são coisas totalmente diferentes.
Atenção: não adianta comer em frente à TV ou enquanto faz outra atividade, pois o cérebro não registra o ato de comer e o sinal de fome reaparece mais rápido.

Alimentos saudáveis demandam tempo de preparo?

Depende do que se quer preparar. Uma massa feita de forma normal, cozinhando a massa e fazendo o molho separado, é mais saudável que massa instantânea, porém demanda um pouco mais de tempo.
Hoje em dia já é possível encontrar opções nutritivas prontas para consumo, como iogurtes, torradas, sanduíches naturais, barras de cereais, frutas secas e desidratadas, por exemplo. Mas essas opções devem ser complementos à alimentação, e não substituir as refeições.

Carne vermelha é proibida?

Não. A carne vermelha é muito importante como fonte de nutrientes que ajudam a evitar alguns tipos de anemia em fases de crescimento acelerado como, por exemplo, na infância. Na terceira idade também é muito importante essa oferta de nutrientes. Não existe alimento proibido! O que existe é um controle maior de certos alimentos. Disso, a reeducação alimentar se encarrega. Fazer a pessoa saber o quê, quando e quanto de alimentos deve dispor em cada refeição.

Controlar as calorias evita engordar?

Recomenda-se optar por uma alimentação balanceada, que supra as necessidades energéticas do organismo sem deixar faltar carboidratos, proteínas, gorduras, minerais, vitaminas e água.
Ficar somando calorias torna a pessoa uma “chata social”, onde vê e calcula calorias em tudo!!!
Evitar essa neurose é muito importante.
Cabe ao profissional orientar seu paciente quanto às quantidades necessárias para sua manutenção nutricional, sem levar para essa “mania” de tabelas de calorias.
A dieta deve ser tranqüila, agradável e fácil de adaptação à sua vida diária.

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